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Seguro D&O para startups: por que pequenas empresas também precisam proteger seus executivos

Por: Marina Zanco

Com Mariana Miranda, Head de D&O da Akad Seguros

Com a profissionalização acelerada de startups, scale-ups e PMEs brasileiras, um tema que começa a entrar na pauta dessas empresas é a proteção do patrimônio pessoal dos seus líderes. O seguro D&O (sigla para Directors & Officers Liability Insurance, ou seguro de responsabilidade civil para administradores) historicamente esteve restrito a grandes corporações. Mas esse cenário está mudando.

Conversamos com Mariana Miranda, nossa Head do produto, para entender por que a companhia decidiu democratizar o acesso ao produto, como a tecnologia está tornando isso possível e o que toda empresa em crescimento precisa saber sobre esse tipo de proteção.

O D&O é, muitas vezes, associado a grandes corporações. Por que torná-lo acessível a startups?

Mariana Miranda:

Porque o risco já não está mais restrito às grandes empresas. Hoje, qualquer negócio com estrutura societária, mesmo pequeno, pode ver seus administradores sendo responsabilizados por decisões de gestão, questões tributárias, trabalhistas ou mesmo falhas operacionais. Startups, por exemplo, operam em ambientes de alto risco e pressão por crescimento, o que aumenta a chance de questionamentos jurídicos. O seguro D&O garante que os líderes dessas empresas possam tomar decisões estratégicas sem comprometer seu patrimônio pessoal.

Que tipo de situações podem levar um executivo de startup a ser responsabilizado?

Mariana Miranda:

Diversas. Imagine uma startup que, ao escalar rapidamente, deixa de cumprir alguma obrigação fiscal ou trabalhista, mesmo que sem má-fé. Os sócios e administradores podem ser responsabilizados pessoalmente. Ou uma empresa que recebe aporte e, por divergência de expectativas com investidores, é acionada judicialmente. Já vimos casos em que ex-funcionários, clientes e até fornecedores processaram executivos. Sem falar nos custos de defesa, que podem ser astronômicos e suficientes para pesar no orçamento e patrimônio do executivo. O D&O entra justamente para cobrir a defesa e eventual indenização nesses cenários.

Como a tecnologia da Akad ajuda a ampliar o acesso ao D&O?

Mariana Miranda:

Tradicionalmente, a subscrição do D&O era burocrática e voltada a empresas com alta governança. Nós decidimos inverter essa lógica. Criamos modelos de análise orientados por dados, com jornadas digitais e foco na real exposição de startups e PMEs. Com isso, conseguimos oferecer propostas mais rápidas, com prêmios acessíveis e cláusulas adaptadas à realidade dessas organizações.

Quais setores têm buscado esse tipo de proteção com mais frequência?

Mariana Miranda:

Temos visto crescimento expressivo entre empresas de tecnologia, saúde, educação e logística — setores que estão em expansão, com estruturas ainda em consolidação e forte dependência de lideranças. Muitos CEOs e CFOs que passaram por outras companhias já vêm com essa cultura de proteção. E hoje é comum investidores exigirem a contratação do D&O em rodadas de captação.

Que mensagem você deixaria para empresas que ainda não consideram esse seguro?

Mariana Miranda:

Que elas olhem para o D&O não como um custo, mas como uma ferramenta de gestão responsável. Ter essa cobertura é um diferencial competitivo, especialmente para quem quer atrair talentos, investidores ou mesmo se preparar para uma fusão no futuro. Democratizar o acesso ao seguro D&O é proteger o empreendedorismo no Brasil.